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A Insanidade de Ser Verdadeiro

“Insensatez seria continuar olhando para fora.”



Quem é a pessoa certa? É VOCÊ? Gargalhou a bruxa e entre risadas e olhares de deboche. disse: eu fico com tanta preguiça quando ouço alguém dizendo que está procurando a pessoa certa. Fala sério, conversa comigo, nós estamos no século XXI, certo? 
Peço desculpas, mas essas palavras soaram-me de forma tão arcaica que por alguns instantes, eu poderia jurar que estávamos entre os séculos XVIII ou IX. 
Gente, será que o mundo tem “comido bola” (falhado)? Expressão muito usada por editor maluco que conheci.  
Vamos facilitar os cálculos, suponhamos que o mundo tenha falhado. Falhado com o quê? Com a verdade? Qual delas? Com a coerência? Ou com a própria noção de realidade, onde se preza mais a performance do que a substância? 
Não estamos valorizando demasiadamente a superficialidade, as falsas promessas de pertencimento? 
Será que não é a nossa visão de mundo que esta enviesada estamos “comendo bola” naquilo que é elementar na formação do ser consciente? 
O mundo não julga, não age e nada faz, ele apenas reverbera suas ações e expressões. 
Talvez, só talvez seja bom cogitar as nossas falhas num sentido mais amplo da palavra, assim sendo, é cogitando as nossas certezas, que perceberemos os próprios erros é harmonizar-se com o todo. 
Portanto, se o mundo é aquilo que sua essência alcança, é provável que não seja ele que tenha errado/faltado na ordem das coisas, espera! Só mais uma talvez…. É, que talvez esse negócio de culpar o mundo/Universo seja só uma desculpa desonesta que damos a nós e ao mundo, não é mesmo? 
Calma, não precisa saber a fórmula que gira a roda da Rebimboca da parafuseta, nem saber a quantia exata de estrelas no céu e muito menos desenhar a fórmula do pensamento humano, nem de longe, a intenção desta provocação filosófica é sobre honestidade intelectual e a energia que espalha e como a normalizamos 
A verdade é que; 
“A sagacidade da mente que percebe o que esta além do que é visível é algo surreal. O maravilhoso poder de vislumbrar o que é até então impossível para os olhos da normalidade é de fato coisa para poucos. Geralmente, são denominamos loucos.” 
É, importante percebe que somos aquilo que espalhamos e não o que acumulamos, assim sendo a fórmula se torna fácil. 
A probabilidade de receber coisas boas aumentam quando eu espalho uma boa energia, ela diminui o meu sucesso e o meu acesso quando eu espalhar uma boa energia. De novo, isso é sobre honestidade intelectual. 
Não é preciso andar por estradas que que desalinham connosco, ninguém é obrigado a dançar a dança do momento. De fato a desonestidade realmente tem se tornado normal, mas, será que precisamos aceitar e espalhar a mesma energia? 
Qual seria a probabilidade de as coisas melhorarem se espalhamos a mesma energia que discordamos? A matemática é linda e junto com a logica, fica ainda mais exuberante. 
Espalhar uma energia positiva, de forma autêntica e educada só afastara de nós aquelas pessoas que não precisamos por perto. 
Aceitar a nossa energia e vibrá-la verdadeiramente fará com que mais energias semelhantes e pode ser que ninguém se aproxime, mas não podemos nos ausentar de nós mesmos. 
Não se chateie se te rotularem como o louco, porque a sociedade, na sua maioria prefere a ilusão confortável da “normalidade” à verdadeira busca pelo sentido. É loucura ousar falar diferente do comum, do aceitável o do sociável. Mais um comodismo travestido de bem-sucedido. Não? 
E quem foi que disse que ser normal é o ideal? 
“A normalidade é na maioria das vezes uma prisão confortável, um desconforto disfarçado de liberdade.” 
Quem nunca foi chamado de louco ou de desconectado quando enfim teve coragem de expressar o próprio pensamento? 
Quem nunca se sentiu ridicularizado porque não acompanhava as idiotices do comum? 
Eu já, já fui chamada de louca, de insensata e de todos os outros sinónimos e derivados da loucura; e também já dei muito importância nisto. 
Hoje vejo com uma clareza irritante COISAS e FATOS que eu não imaginava ser possível aferir. Agora sei que erro maior seria nunca ter olhado para além do óbvio. 
Errado, equivocado, inadequado e irreverente seria continuar vivendo e vibrando uma energia alheia, reprimida, dentro de uma casa que não era minha e tolhida do direito de questionar o que existe fora do  
Existe um preço não monetário a se pagar … E, se o preço da liberdade de expressão for a solidão dos “loucos”, então que assim seja. Melhor ser louca e verdadeira do que normal e vazia.  
A dor de não ter aqueles que amamos por perto é acalentada pela dignidade de ser inteiramente verdadeira na presença deles. 
Ha, ha, ha… 
Se uma segunda chance eu tivesse, eu já não erraria com isso outra vez. 
Eu jamais cometeria a insensatez de não me amar, de me achar inadequada ou fora do padrão 
Eu não percorreria outros céus se não o meu, eu me dignificaria, eu não enganaria, nem aos outros e nem a mim, eu jamais fingiria ser alguém diferente só pra agradar quem rejeitou a minha essência 
 Ah, se eu tivesse o poder de voltar e ser eu na minha atual versão, e encontrasse quem me amasse, assim, totalmente desnuda, acho que a morte não me alcançaria porque eu saberia que o sentimento de verdade seria… 
Mas, por ora, é melhor deixarmos o Sol brilhar… 
Gratidão;

Dan Dronacharya

Escritora/ professora de Yoga/ estudante da Consciência humana