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O Burro, a Cenoura e o Ego
“Este texto não é sobre cenouras. É sobre energia oferecida sem medida e desejo consumido sem consciência.” Você já ouviu a metáfora do burro e da cenoura? Eu também; Mas, ainda, que falem de trabalho, de chefes, promoções ou de férias prémios, o que esta estória realmente descreve é o velho “samskara” humano: o eterno ciclo da promessa que move, da carência que cega e do desejo que consome e da roda do sofrimento que gira. A história é simples: O chefe é aquele que diz ao burro que, assim que alcançar a cenoura posta à sua frente, ganhará uma promoção. E o burro corre. Sempre corre. Quando, enfim, alcança a primeira, o chefe exige duas. Porque…
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A RAZÃO NÃO GRITA : ELA SE RECOLHE.
“Convicções muitas vezes são apenas certezas cheias de incertezas.” Há quem acredite que perder a razão é levantar o tom, quebrar xícaras, fazer discursos inflamados e sair batendo portas. Eu, ao contrário, penso que perder a razão é muito mais silencioso. É quando a gente sabe exatamente o que está errado, mas percebe que nenhum argumento neste mundo será capaz de atravessar a muralha emocional do outro. A vida adulta, se existe alguma definição, é essa habilidade triste de calar-se antes que o outro transforme sua dor em arma. Quantas vezes você já tentou alertar alguém que amava sobre algo que o incomodava — uma atitude, uma mensagem insistente, um…
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SOBRE CONFUSÃO E DISCERNIMENTO
“O que se percebe é um desconforto com o jogo social das certezas, onde o ego vence mais do que a verdade. “ Entre a confusão e o discernimento existe um espaço onde a consciência sussurra baixinho