“As histórias que se desenrolam ao longo deste livro pretendem levar-nos a encontrar o amor próprio, simplesmente porque amar a si mesmo é a chave que abre todas as portas, o amor é a solução para qualquer enigma e o que sustenta a harmonia da vida, ele é a calma dos nossos corações e o fogo que aquece sem queimar os corpos dos amantes. O amor é, portanto, a única coisa que deixa o tempo com ciúmes.” Livro; Entre mundos e almas de; Dan Dronacharya
“Amar ainda é o exercício mais difícil de ser executado.”
A falta de conexão com o próprio interior nos afasta de nossa essência, e essa ausência de si mesmo nos torna carentes. Quando estamos assim, nós temos a necessidade de ter alguém para preencher o tempo, já ficou assim?
Penso que sim. Eu não sou um E.T., e às vezes ainda fico nesse estágio de vazio que sufoca a alma e congela as extremidades.
Sentir solidão é como se você não se bastasse, é como se você precisasse de alguém para tapar o buraco que somos e começar a ter uma relação para tentar tapar o seu vazio. É uma sandice sem tamanho, é incalculável o tamanho do erro que cometemos connosco na busca insana de viver um amor “perfeito” ou ser o cidadão que tanto sonharam.
Embora para mim a perfeição seja um conceito falhado e ilusório, eu sei que todos a almejamos, e é por isso que a roda continua a girar.
Quando nos interessamos por alguém, a gente procura saber do que a pessoa gosta, e a partir daí montamos um personagem perfeito para que o outro goste de nós. Entretanto, o tempo passa e com ele aquilo que realmente é acaba saindo aqui ou ali, sabe? Por isso, não comece nenhuma relação humana por interesse ou carência, a não ser que essas condições sejam acordadas, e ainda assim, eu não acho que isso dê um bom resultado. A relação pode até durar, mas o valor das coisas não estão no tempo que elas duram, já dizia o poeta, não é? E para além disso, as coisas ruins que nos acontecem nunca foram passageiras, portanto, uma relação duradoura não é algo a se contemplar, não sem antes averiguar sob qual pilar que ela se sustenta.
Tem muita gente que volta para casa não porque quer voltar, mas porque tem que cumprir o acordado, tem que ser sensato. Tem muitos corações solitários por aí cumprindo as obrigações acordadas numa A4, sofrendo e fazendo sofrer. Tem, tem!
“O caminho se faz caminhando” é uma das frases mais assertivas que já ouvi, e aprender com os nossos erros é de suma importância para quebrar ou prolongar a corrente kármica que temos.
Para se relacionar com quem amamos e sermos de fato amados, devemos nos abster das vaidades, e isso não tem nada a ver com não usar batom ou abandonar aquela bota de inverno maravilhosa, não, nada disso! (risos).
A vaidade da qual temos que nos afastar é aquela que nos enfeia, e não aquela que nos embeleza. Tudo o que nos dá vida que traz cor e leveza deve ser mantido. Nós devemos deixar de lado aquela vontade de parecer bonita demais na foto, sabe?
Uma dessas vaidades é se colocar como o “super” e achar que deve ensinar.
A hierarquia é muito importante nas relações entre pais e filhos, mestres e discípulos, chefes e subalternos, anciãos e descendentes. Entretanto, ela não deve existir numa relação amorosa.
Não devemos nos colocar como professores numa relação de amor porque quem ensina é superior àquele que aprende, portanto, o superior pode e deve ser autoridade daquele lugar, e isso nunca será amar!
Numa relação de amor, existem partilhas de conhecimentos, de sonhos, de estradas, há partilha de vivências. Partilhar o que se sabe com quem se ama é a chave para o sucesso. Isso é amar.
Ao passo que se acharmos que podemos ensinar o outro a viver connosco é o mesmo que dizer para essa pessoa que não amamos, que ela deverá fazer por merecer ser amada e será treinada para obedecer. Caso não aprenda a obedecer, perderá a posição. Cruel, não é? Nós temos um bocado de vida assim!
Se nós entendermos isso como uma relação de amor, é porque estamos doentes e precisados de ajuda. Acho que esse é o maior dos vacilos.
Entretanto, a vida é uma soma de aprendizados, e devemos nos atentar sempre a cessar ou prolongar o Karma. Podemos amar de verdade ou fingir que amamos, basta entender que laranjeiras não dão limões e fazer a sua escolha.
“Valar morghulis.”
Morrer para as vaidades é nascer para o amor, e nada pode matar aquilo que já foi morto.
Buda dizia que o ser é aquilo que pensa, fala e faz. Portanto, o ser é o único responsável por ele mesmo.
Nós podemos notar que as nossas vaidades, carências e todo o nosso ser, e consequentemente a isso, podemos controlar os cinco agregados (5 sentidos). Abster-se disso com tranquilidade é o exercício que os amam praticam.
Se, para retornar a si, você precisar coagir, gritar ou ameaçar, é sinal que você ainda está longe de chegar. Deixe a calma reinar e seja agraciado com a sua nobre presença. Se isso acontecer, você saberá que está em casa. Bem vindo(a) de volta.
Deixemos o Sol brilhar…
Que o pranava OMM esteja presente nos nossos dias./*\
“Tudo bem ter segredos: Isso é sobre a importância da autoproteção e da sinceridade nos relacionamentos humanos.”
Hello my dear readers and beloved haters,
Eu estive ausente porque, infelizmente, o Raynaud tem dificultado um pouco a minha vida. Sinto-me mais frágil emocionalmente e, por conta disso, até o que eu amo fazer, como por exemplo escrever e dar aulas, estava a causar-me muito stress. A médica determinou o afastamento de tudo aquilo que me inervasse para que as crises diminuíssem. Então, como eu não posso fugir de mim mesma, eu não tive alternativa, senão enrolar os tapetes de Yoga, pausar as aulas online e presenciais e escorar mais uma vez a porta do meu gabinete.
Pois bem, eu aproveitei esse tempo a sós, sem aulas e sem exposição ao tempo que estava frio, para ler, estudar e aprofundar-me nos meus estudos de Yoga e Tantra. Acho que foi bom. 😉
Portanto, eu estou aqui muito mais “eu”, bem mais plena e totalmente consciente de quem sou e, por isso, também estou menos ciumenta e mais feliz. Isso tudo depois de ler alguns livros bem “maluquinhos”. 🙂 🙂
Não é segredo para ninguém que desde os tempos mais remotos nós enganamos os outros e somos enganados por eles. Mas por que será que algumas pessoas simplesmente não conseguem ser verdadeiras? Por que será que a arte do flerte é cheia de enganos? Qual é a razão de alguém se deixar ser enganado? Isso é um tipo de autoengano? São muitas perguntas e poucas respostas. Hum, ok!
Vamos tentar entender algumas coisinhas. Conhecem o Maquiavel? Pois bem, o prezadíssimo Nicolau Maquiavel foi um filósofo, historiador, poeta, diplomata e músico de origem florentina do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são, e não como deveriam ser. Ele afirmou que:
“Quem engana sempre vai encontrar alguém por quem se deixará enganar.”
Oh my goodness! Será???
Pois bem, meus amores, o lance é tentar perceber se isso realmente acontece com a nossa anuência ou se é falta de percepção, destino, castigo dos deuses ou macumba. 🙂
Seja lá o que for, o que todos já sabem é que vou levar o assunto para a área energética dos relacionamentos humanos. Acho que assim fica mais fácil para entendermos melhor as coisas ao nosso redor. Para mim, a troca de aprendizados nos é bastante favorável. Eu acho importante esse compartilhar de sensações e vivências que captamos durante a nossa estada por aqui. Mas, por agora tentem responder à pergunta à frente… Vocês já se deixaram enganar? E depois do ocorrido, reclamaram da enganação?
Ora, ora, meus amores, já nos é sabido que a cura da mente vem com algumas respostas que, inicialmente, parecem complicadas. Mas depois de algumas respirações, tudo se ajeita. Mas só acalmam, não se resolvem. Entenda que o melhor para nós é esfriarmos o pensamento para resolver qualquer coisa.
A compreensão de que temos que proteger a nossa energia e ter cuidado com quem confiamos é de suma importância.
É essencial termos consciência das nossas fragilidades emocionais e trabalharmos para fortalecermos nossa autoconfiança e autoestima, para que não sejamos vítimas de vampiros energéticos.
Ao mesmo tempo, concordo que não devemos desconfiar de tudo e de todos, pois isso pode nos tornar excessivamente desconfiados e prejudicar nossas relações interpessoais. A confiança é uma questão de reciprocidade, e deve ser construída com base na honestidade, na transparência e no respeito mútuo.
Devemos estar atentos aos sinais de alerta e aprender a identificar pessoas que possam nos fazer mal, mas também devemos manter uma postura aberta e receptiva em relação às pessoas que nos cercam. A confiança é uma conquista, e devemos trabalhar para conquistá-la e mantê-la em nossas relações pessoais e profissionais.
A autoproteção está em deixar seguro aquilo que nos aflige. E sim, meus amores, todas as pessoas possuem segredos e isso é uma forma de manter seguro dentro de nós o senhor que nos habita.
Nunca foi necessário e nem seguro para ninguém expor-se totalmente aos outros e, geralmente, quando confiamos em uma pessoa sem ela ter feito por isso, é quando nos machucamos. A gente sai com muitas feridas deste tipo de relação. Não vale a pena!
Agora, acalmem o seu ser, respire, se não a gente pode pirar. Ufa! Releiam o parágrafo, vamos dar uma pausa na leitura, fechem os vossos olhos e fiquem em silêncio por alguns instantes, para o corpo ganhar alma e alma ganhar calma.
Agora respondam com toda sinceridade para o seu interior: Quem foi que vacilou com quem quando lhe enganaram? Quem foi que deixou o interior desprotegido? Isso não é uma questão de culpados e inocentes, minha gente, Isto vai muito além, é uma questão de auto proteção, de preservação, é uma atitude de auto-observação do seu interior para conhecer melhor a si mesmo.
“O autoconhecimento vem quando observamos a nós mesmos nas relações com todas as pessoas que nos cercam.”
Jiddu Krishnamurti
Além disso, possuir segredos não é algo ruim, o que realmente nos é negativo é confiar nos outros e duvidar de nós mesmos. Manter-se seguro é uma responsabilidade totalmente sua. Portanto, mantenha os seus segredos para preservar a sua integridade e consequentemente a sua dignidade. 😉
E embora exista por aí uma crença limitante de que o ser humano é bom por natureza, eu sigo pensando que não. O ser humano é o exercício que faz e se ele não exercitar tais coisas como o amor, a bondade, a moral e a gratidão, ele não poderá transmitir nada disso. Fica como um bicho selvagem. Imaginar que somos seres bonzinhos é uma das maiores tolices da mente humana.
Espera! Calma! Antes de ficarem aborrecidos comigo, deixe-me desmiuçar este raciocínio. Pensem comigo, se o ser humano fosse bom por natureza, por que ele precisaria aprender o que é honestidade, a bondade e todos outros bons sentimentos que a duras penas aprendemos a cultivar em sociedade? Se ele fosse bom por natureza, por que tende para o mal? Imaginar que somos bons por natureza é a desculpa desonesta que damos a nós mesmos para continuarmos certos quando estamos errados. Isso sim!
Acho que já chegou a hora de aprendermos a amar com mais intensidade e entender de uma vez por todas que o pilar dos relacionamentos humanos não é a confiança, como muitos pensam, e sim a SINCERIDADE. Sendo sinceros, somos dignos e, sendo dignos, não pediremos a ninguém para que confie sem conhecer. Assim, penso que poderemos amar sem enganar, amar o outro sem cobranças. Isso só será possível porque, a esta altura, o despertar do amor próprio e aceitação do seu EU já terá acontecido. OMMMMMMMM!