OS NUNCAS QUE NUNCA SÃO NUNCAS

Bem,
Tenho por hábito instintivo, profissional, prazeroso e, por hobby, o gosto de observar o comportamento humano—seja na praça, na igreja, em público ou privado, presencialmente ou online. Em um desses momentos de lazer, navegava pela internet quando me deparei com uma publicação em uma rede social. Não lembro onde a encontrei, mas do conteúdo, disso eu me lembro bem.
Observar é um prazer e, ao longo do tempo, percebi que as pessoas entram em uma corrida de 360º sem notar. Mas deixemos de lado a percepção crítica—não se deixe levar pelo meu jeito de escrever. Inteligência emocional é saber captar o conteúdo por trás das “chatices” desta autora.
O post dizia:
Os 7 NUNCAS
Nunca ouça mais os outros do que a si.
Nunca deixe que alguém, mais do que você, seja você.
Nunca siga alguém sem que você queira.
E, blá, blá… Ops! Nunca, nunca…
Se prestarmos atenção, não deveríamos NUNCA seguir os muitos NUNCAS, não é mesmo?
Chega a ser engraçado como a mente humana continua estagnada…
Você não precisa concordar, se não quiser! 😉
Por ora é melhor deixarmos o Sol brilhar…
Gratidão,
Dan

  A Sabedoria das Árvores e a Ilusão da Traição

 “O amor não sofre e não faz sofrer, não force a barra, se for preciso insistir, não precisa ficar.” 

Você já se sentiu traída(o)? 
Eu já! 
Mas, lhe traíram de fato ou foi um delírio duradouro e com euforia da turma que vive na sua mente? 
Até que ponto somos alvos fáceis de serem atingidos? 
O dia amanheceu cinzento mais uma vez na vila das fadas. Nada fora do comum para esta época do ano. Estamos no final do inverno, e o senhor Vento Severo, acompanhado das belas gotículas de orvalho matinal, insiste em baixar as temperaturas e molhar o chão. Ele parece não querer partir. Mas as folhas secas, que até pouco tempo saltitavam, agora estão úmidas, e o aroma de renovação — digo, de Primavera — já paira no ar. 
É engraçado, ou no mínimo instigante, observar como a natureza se recria. É espetacular a forma como a natureza sente o fim, anseia o renascer e nada faz. 
As árvores ficam desfolhadas e, sem perder a classe, permanecem imóveis assistindo ao cumprir de seu dharma. Exuberantes, descabeladas, com os esqueletos à mostra, e convictas de que reviverão. Elas assistem silenciosamente ao cumprir de muitos karmas naturais da vida. 
A aceitação de que tudo o que conhecemos começa e termina ainda mexe com a cabeça de muita gente. 
Ninguém quer partir, nem com todas as garantias de sucesso. Ninguém quer ir chorando para nenhures. 
Assim se prolonga todo tipo de sofrimento, porque, no fundo, ninguém gosta de ficar onde não quer e não é querido. Sentir-se bem-quisto é e sempre foi um dos pré-requisitos de sucesso nas relações humanas. 
A vida é impermanente, tudo vem e vai. Essa lei universal vale para coisas e pessoas. A diferença entre humanos e a natureza é que a natureza tem a aceitação. 
A certeza de que novas folhas virão e a quietude das árvores são habilidades que a mente humana desconhece. 
A fórmula é a chave de Dan: Seguindo-a teremos a clareza sobre as coisas e pessoas ao nosso redor e nos permite viver com menos resistência e mais liberdade e, é bem básica.
Se de fato conheço, eu entendo. 
Se entendo, eu aceito. 
Se aceito, eu confio, entrego e agradeço. 
Se de fato não conheço, eu não entendo. 
Se não entendo, eu não aceito. 
Se não aceito, não confio, não me entrego. 
Mas ainda assim, agradeço.” 
Agradeço a oportunidade de tirar aquilo ou aquele alguém da minha vida. Portanto, ninguém deveria ter o poder de nos atingir e de nos fazer sofrer. 
Porque quem ama é apaixonado por si mesmo e não abre espaço para relações tóxicas.
É, essa mania de se desfazer para atender aos padrões alheios, é coisa de gente covarde e ignorante, além de ser um tremendo ato de desamor para consigo e sua essência. 
Selar a sua alma é liberar energias de amor por aí. uma boa opção é ter um caso consigo… 😉
Eu? Haha, eu casaria comigo um milhão de vezes. 
Mas agora e por ora, é melhor deixar o Sol brilhar. 
Om! 
Com gratidão e amor, 
Dan Dronacharya 

Entre a verdade e a manipulação

As perguntas só ofendem aqueles que não sabem ou não podem dar a resposta.

À distância, avistavam-se nuvens pesadas aglomerando-se, prenúncio de uma tempestade. Da mesma forma, os habitantes da vila das fadas aglomeravam-se à porta do centro filosófico. Não era apenas um aviso; todos sabiam que a verdade desceria como um dilúvio sobre aqueles que acreditavam ser capazes de manipular ou simplificar a complexidade da alma humana.
Questionar é um direito inerente a todo ser vivente, e ponto. Sobre isso, não há discordância – ou será que temos camaleões entre nós?
O constrangimento, por sua vez, é apenas uma artimanha obsoleta, um truque brega que os camaleões usam para evitar serem desmascarados.
Indignação e sarcasmo são as ferramentas de uma alma morta, clamando por liberdade de pensamento. Tudo o que você precisa é fundamental para ascender e manter sua energia.
Então, se for necessário, acendam os fogos do universo! Façam os ventos rugirem entre relâmpagos e trovões! Acorde, irado, como Jesus ao ver o templo de seu pai vilipendiado. Mergulhe no seu oceano interior e permita que as nuvens escureçam, que o tempo feche, que a chuva caia e purifique a hipocrisia que reina nas relações humanas.
Pah! O estrondo ecoou quando o grande portal se abriu com força, e ela o atravessou, apressada e rubra de raiva. Entretanto, ela sempre se contém – ou quase sempre… (risos).
Pois bem:
Num salão lotado, repleto de seres mágicos que espiavam até pelas janelas, ela ergueu a voz diante dos presentes:
Quem tem o poder da audição, ouça! E quem tem apenas orelhas, que se mantenha em silêncio.
Embora sua postura pudesse parecer dura e aborrecida, sua voz doce ecoava com ternura, preenchendo o salão suavemente, como se estivesse vazio, ou como se ela falasse por meio de um megafone. O silêncio foi igual, entre aqueles que ouviam e os que apenas possuíam orelhas. Continuemos…
Se o mundo fosse simples, como a lógica binária de 0 ou 1, qualquer um, ou até mesmo o zero, seria capaz de entendê-lo, não é? Mas a vida é muito mais complexa que essa dualidade básica, não concorda?
Então, a quem interessa que eu valha menos que 1?
Mais ainda… será que sou eu quem deseja que meu valor seja inferior?
Embora devamos compreender e tentar aceitar a desonestidade do pensamento humano, isso nos incomoda e gera insegurança nas relações. Confiar não significa não poder questionar. Confiar não é aceitar cegamente o que o outro diz. A confiança verdadeira reside na liberdade de ter uma conversa sincera, sem constrangimentos, e saber que o outro vai receber sua essência.
Erramos constantemente uns com os outros, e a confusão sobre o conceito de confiança manipula perguntas, constrangendo quem consegue enxergar através do terceiro olho. É na defesa de sua própria existência que o imoral ataca a moral do questionador, tudo para evitar que ele aprofunde o assunto que o desonesto deseja esconder.
Portanto, aquele que responde com “Quem desconfia, é porque trai e é infiel” está usando um argumento desonesto.
Sim, claro! Ele tenta constrangê-lo desde o início, insinuando que quem faz esse tipo de pergunta é quem apronta. Agora me diga: já viu um raciocínio mais insensato que esse?
Pense na insensatez da mente daquele que acredita poder mensurar o comportamento com uma régua de duas casas decimais. É como dizem por aí: não chega à rasura de um pires!
Se nos deixarmos medir dessa forma, perderemos, de fato, o direito de pensar! Preste atenção: desconfiar de que algo está errado não significa que você tenha cometido um erro, ou que tenha “comido doce no supermercado” e, por isso, está impedido de fazer perguntas. Claro que não.
Por que pular direto para a conclusão errada? A pessoa que desconfia não é, necessariamente, quem apronta. Pode muito bem ser alguém que confiou demais nas pessoas erradas e, após tantas decepções, já não consegue confiar.
Também pode ser uma alma livre, que simplesmente gosta de fazer perguntas e nada mais. Essa coerção do pensamento é profundamente incômoda.
Ela fez uma longa pausa, bebeu um copo de chá de energia com mel de laranjeira, e continuou: lembro-me de regimes comunistas, onde a igualdade forçada se manifestava em uniformes idênticos e comportamentos padronizados. Essa ditadura sufocava a diversidade.
Dizem defender a diversidade, mas, em público, defendem a igualdade forçada? É aqui que se separam as mulheres das meninas, não é? A nobreza do ser humano não é inata, não se vende no mercado, nem cresce como mato. Será que temos coragem de ser honestos?
Sim! A honestidade intelectual é uma característica de pessoas seguras, curadas, livres e diversas. Não há mordaças em minha boca, nem correntes em meus pés. Desconfie, portanto, de quem lhe tira o direito de questionar e indagar.
Provavelmente, essa pessoa deseja manipulá-lo, constrangê-lo em sua dúvida, como se fosse isenta de falhas. Aqueles que traem cerceiam perguntas e evitam ser questionados.
Quem é verdadeiramente livre acolhe as perguntas. Para essas pessoas, cada questionamento é um sinal de amor e conexão. Compreende?
Acho que o mundo tem trocado os pés pelas mãos, e por isso, ninguém mais sabe nem em que banheiro entrar. Muitas pessoas afirmam defender a diversidade, mas, sob o olhar atento da sociedade e dos moldadores de opinião, frequentemente agem de maneira oposta. Isso me causa muita confusão.
E você, o que pensa? Responda a si e se quiseres também a mim.
Por ora, é melhor deixarmos o sol brilhar e clarear nossas mentes. Ommmm!
Gratidão;
Dan Dronacharya