O Enigma Numérico

Uma Conversa Descontraída sobre Números e Mistérios.

Hello amores;
Pega café, um bom livro de filosofia e aquele velho livrinho de tabuada. Lembram?
Embora a vida seja simples, ela não é tão é fácil como uma equação de segundo grau, não é mesmo? E, não que eu seja boa em matematica, claro que não! Mas sou boa de tabuada. HAHAHA….
Pois bem amados!

Reza a lenda que os números são reais, não é mesmo? Quem é que nunca teve um professor de matemática todo pomposo que gostava de dizer que os mitos e mistérios são coisas das humanas? Difícil é saber quem não o teve. 🙂

Pois, bem, se por um lado a lenda de que estes assuntos mais interessantes sejam apenas da área das humanas já tenha sido desmistificada, por outro a lenda de que os números são reais ainda persiste na cabeça de muita gente.

Embora, já nos seja sabido que os números tal como as vogais e todas as formas que temos para nos comunicar são símbolos criados por alguém que em algum momento precisou ou desejou criar um símbolo, mas ninguém sabe ao certo quais REAIS motivos da criação, sabe?

Na matemática, exploramos a estrutura, a aplicação e a utilidade dos números e nem sei se é está a ordem correta e também não sei se o inverso não altera o “viaduto.” Ui! 🙂

Portanto, entretanto e por enquanto o mistério com os motivos de sua verdadeira origem persiste. Ele ainda assombra, ainda paira no ar, seja nas humanas ou nas exatas.
A desconfiança é a chave para sua paz mental, e tolice é pensar que conseguiu captar tudo o que existe inclusive os catetos da hipotenusa dos ângulos que compõem as “prafusetas” dos Universos. 🙂

“Ora, ora meus amores,
Deveríamos ser como esponjas, sempre prontas a absorver e a secar.
O livro “A decadência do Ocidente” de Oswald Spengler (o meu queridinho da vez). 😉
Fala sobre essa sociedade decadente.
Sugiro ainda que, leiam-no por. Apreciem todo o conteúdo e se quiserem falar sobre é só apitar! Sintam-se livres para conversar sobre o tema.
Inicie a prosa ou, melhor ainda, role os dados e envie um e-mail para dandronacharya@outlook.pt
E, bora começar o jogo! Não chuta para o mato, porque o jogo vale o campeonato.
Gratidão;
Dan Dronacharya

A Curandeira d’Almas

Eu lancei uma garrafa ao mar quando por cá andei numa outra vida não muito distante, por favor se fores tu a alma que busco, faça um sinal de fumaça e responda o enigma ou perca a alma.

O nosso encontro:
Antes mesmo de dar o próximo passo e prosseguir para o meu espaço, peço, entretanto, por gentileza que tire os seus sapatos, afrouxe o laço, das tuas certezas e entre com leveza. Por favor, não toque nas ervas, não assuste os bichos e não pise nas formigas, pode ser que piquem e quando sair deixe a sua contribuição no pé do Carvalho velho e não escute o senhor Nélio.

Seja bem-vindo a minha casa.

Esses dizeres estavam na entrada da propriedade da curandeira.

Achei aquilo tudo muito engraçado, fiquei meio receoso, pensei que poderia ser perigoso, mas fui devagarinho adentrando aquele espaço que apagava os rastros e cheirava a mato. Tinha muitas flores e um tanto de aromas misturados, eu segui achando tudo muito engraçado e magico, não era escuro e nem claro e tinha o seu regalo, o lugar inebriava a mente e entorpecia os sentidos.

Os raios de sol, juntamente com uma relva perfumada adentravam por alguns buracos nos telhados findava a penumbra que ali estava, dando luz a toca ou casebre charmoso dela.

Fui entrando naquele lugar sem parar como diziam as setas dependuradas nos arbustos, lá ao fundo estava ela, a curandeira, ela riscava incessantemente estrelas no chão e ao firmar o olhar, pareciam setas para o coração brilhar.

Com uma voz doce que nem mel de laranjeira e suave como chá de maça, ela disse-me: Escutei o seu suspirar, o seu movimentar e o seu pisar durante todo trajeto, sei que traz consigo um objeto e sem mover o corpo, olhou-me por trás daqueles lindos cabelos organizadamente despenteados, pousou o graveto que tinha em suas mãos em cima de uma tabuinha e convidou-me a sentar num tronco de árvore que como banco ela tinha.

Eu estava encantado, totalmente entorpecido com a presença dela e minha cabeça não parava de fazer interpelações. Perguntei logo de uma vez: Curandeira, diga-me se somos capazes de amar? De repente com um charmoso sorriso, ela disse-me para aquietar as emoções e a mente. Ofereceu-me um chá numa concha feita de casca de coco, que me deixou-me meio oco ou louco e junto com ele a seguinte orientação. Acalma o seu ser! Eu sei o que você veio buscar, o que deve entregar e merece levar, portanto, de agora em diante não compensa relutar, é só escutar.

Dentro de alguns momentos, meu jovem, você vai ficar meio sonolento e lento, então compreenderá o porque ainda não sabemos amar.

Não mais se esquecerá e por mais que eu lamente, muito provavelmente a desilusão a si chegará, ela lanterna no seu caminho será, ela irá clarear o seu pensar, iluminará o seu ser e a sua alma meu jovem, de certeza, vai amar.

Por hora, adormeça, jovem rapaz! Enquanto eu partilho uma história consigo, adormeça meu jovem! Há muito, muito tempo atrás, bem antes do tempo dos zagais, no tempo em que o mundo era outro. Um pouco menos louco, eu por cá andei e foi nesta altura que eu me enganei, alucinei-me, pensei que amei!

Eu sou uma curandeira d’almas, porque quando o amor chegou eu tola fui e não o percebi, eu não tive calma, errei o enigma e perdi a minha alma.

Naquele tempo eu apressei o passo, fui tola e prendi o meu pássaro, perdi-me totalmente no espaço. Não demorou e o rancor chegou, brotou e fez raiz. O amor o vento levou e por vários anos só a dor ficou e agora até essa já passou. Hoje sou detentora da minha alma e sei o valor que ela tem e por isso não discuto com ninguém.

Eu não sei nada, mais do que outro alguém e nem quero saber se ele sabe de outrem, eu só sei de mim e só falo das experiências que tenho, não sei nem rezar, sei! Eu só sei curar almas como a minha, por isso não se iluda e nem coloque em mim atributos que me mudam.

Curandeira d’alma sou, meu caro! E, não porque eu saiba algo além de si, mas porque falhei ao amar a mim. Eu amei demasiadamente alguém, dei-me, desrespeitei-me, não pensei em mim, não me perdoei, falhei, não reparei, me iludi e a alma perdi.

Desde então, ajudar quem ainda acredita no amor foi o que prometi. Eu achava que amar era agradar, que teria que se anular, deveria ao outro pertencer, ceder ou do contrário não amava e apenas aguentava. Sem perceber, eu me aprisionava, era prisioneira e custei a entender que com esse comportamento, eu também aprisionava.

Para mim não havia a menor possibilidade de o amor ser algo diferente daquilo que me ensinaram, eu não aprendi a sentir, disseram-me que eu tinha um papel a cumprir. Questionar não era permitido embora não tivesse nada escrito. Eu não compreendia que amar era soltar, liberar, entender que a felicidade do outro pode estar em outro lugar e por isso não precisa enciumar. Eu jurava que tinha que prender para manter, fazer o outro entender as vantagens de ter você. Nada a ver!

Eu não entendia que eu deveria me encher de amor e virar flor, eu era romântica e tinha a certeza de que amar era você encontrar uma pessoa que possa cuidar de ti pudesse cuidar e tudo suportar até a vida findar, sem nem imaginar que são as obrigações que trazem as confusões.

Eu não sabia, se era certo, errado, dolorido, justo, necessário ou egoísta o fato de unir-se a alguém para que essa pessoa cuide de si quando os filhos partirem, os sentidos falharem e a velhice de borla bater a porta.

Adormeça meu belo rapaz e perceba onde deixou a sua alma, mas vá com calma! Não me agarre e no caminho não ouça ninguém, isso não lhe convém. Vá e mergulhe mais fundo, escute apenas a música que soa no seu interior, vá em busca do seu eu, entenda e aceite o seu ser. Solte o laço, abandone o embraço e ganhe o espaço. Perceba que amor é livre, como asas a voar, não deve ser forçado, nem aprisionado no ar. É um sentimento que se nutre de sinceridade, respeito, cumplicidade e liberdade. Amar é cuidar, é ser presente, sem sufocar, sem fazer da vida uma corrente.

É compartilhar sorrisos, abraços e emoções, valorizando as individualidades e paixões. Meu jovem, o amor é uma lição, um aprendizado constante, uma evolução. Amar é conhecer a si mesmo, sem medo, aceitando as imperfeições, seguindo em segredo. É olhar para o outro com ternura e respeito, não tentando moldá-lo, mas acolhendo-o direito.

Ninguém pode ensinar o amor verdadeiro, pois cada coração possui seu próprio roteiro. Portanto, meu jovem, não tema amar, mas aprenda a amar de forma a se libertar. Seja autêntico, inteiro e verdadeiro, cultivando o amor dentro de si o tempo inteiro.

E assim, despertei do meu sono profundo, com o coração leve e o entendimento fecundo. A curandeira d’alma, com sua sabedoria, me mostrou que amar é uma eterna poesia. Saí daquele lugar com o coração cheio e com a alma leve trago comigo as palavras cheias de brilho da curandeira.

Agora, sigo a jornada com mais clareza, em busca do amor que me traz pureza. E agradecido a ela pela sua orientação, por abrir os meus olhos e o meu coração. Amar será sempre uma busca constante, e eu sigo adiante e confiante.facebook sharing button

Carrega no link e leia o nosso artigo na @revistameer, divirta-se e se encante com a Curandeira’Almas.

https://www.meer.com/pt/74447-a-curandeira-dalmas

Depois, conta-me coisas 🙂

Gratidão,

Dan Dronacharya

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“Entre a Fluidez e a Tradição

Uma reflexão sobre o amor e suas relações na sociedade atual

Hello my dear Readers and beloved haters,

Eu não sei se é por influência do livro de John Woodroffe (Arthur Avalon) que estou a ler ou, se porque agora estou imersa no maravilhoso mundo do Tantra. O que posso afirmar é que esses livros têm despertado em mim um olhar mais apurado para as coisas e suas essências, eu estou totalmente apaixonada (risos).

Com isso, tenho dedicado bastante tempo à observação do amor entre as pessoas e à fluidez de suas relações, também é verdade que quanto mais eu observo, mais intrigada fico. Intriga-me tanto o sofrer por amor. Acho que isso é desonroso, portanto não poderia ser amor, pode ser paixão, gostar ou qualquer outra coisa, mas se dói, se enrijece ou entristece, não pode ser amor, mas esse é só o meu jeito de ver o amor.

Entretanto, o tempo passa e aquilo que era certo ontem, hoje já não é. Tudo é muito volátil e fugaz nas relações atuais, situação que coloca os românticos em uma posição muito desagradável, pois, estes ainda acreditam naqueles contos de fadas, onde o par perfeito sempre aparecerá para realizar seus desejos mais íntimos. Às vezes, por isso, achamos que amamos, embora eu ainda penso que o amor vai um pouquinho além disso.

O que esses contos também não contam é que amar o outro não tem nada a ver com a satisfação dos próprios desejos, essa é mais uma das muitas crenças que nos impede de amar com responsabilidade e livremente

Mas, o que é uma relação de amor? Seria uma daquelas loucuras de amor às escondidas numa garagem suja, que deixa a si abalada dos pés a cabeça ou a estabilidade de um casamento? Talvez não seja nenhuma das alternativas ou todas. Vale a reflexão!

Muitos pensam que a volatilidade das relações de hoje deixam aquela sensação de um beijo que não foi dado, de um momento não vivido e aquela vontade de ter feito algo a mais. E como não perceber essa fluidez, esse romper repentino dos amores modernos, ou seriam relações modernas? Enfim!

A intenção aqui é tentar entender essa fluidez. Ultimamente tenho pensado que esse entendimento pode ser o que tantos chamam de amor. Sinceramente, eu não sei!

O que sei é que o lance da atualidade, é não possuir e não se deixar possuir. Os amores contemporâneos são voláteis e vulneráveis, nada é certo, não existe apego e nem compromisso. Existem os momentos e a felicidade de partilhá-los.

Por outro lado, as relações ditas “tradicionais”, com o intuito de manter a ordem e os bons costumes da sociedade, acabam por aprisionar o amor em um quadrado de restrições e obrigações. É comum que as pessoas se casem para evitar a solidão e ter alguém para cuidar delas, ou ainda para mostrar aos pais que cresceram e se tornaram independentes, muitos são os motivos que nos levam ao altar mas parece que raras as vezes são por amor.

Isso faz com que muitas dessas uniões se tornam superficiais, com os parceiros dividindo apenas uma casa e não suas vidas. Em alguns casos, é possível perceber que, em passeios ou eventos sociais, cada um segue para um lado, ou ainda que fiquem próximos, ambos ficam imersos em seus próprios celulares, cada qual no seu mundo.

Além disso, existe uma cobrança extrema por fidelidade, por cumprir aquilo que outrora jurou para um celebrante, isso muitas vezes não é correspondido. A balança dos relacionamentos está sempre “desbalanceada”, ajustada para os interesses de um dos lados. Isso acaba gerando uma insatisfação constante e uma sensação de prisão e infelicidade.

Portanto, é preciso repensar os conceitos de amor e os relacionamento que nos foram impostos pela sociedade. É necessário entender que o amor não é uma prisão, mas sim uma escolha livre e consciente de estar com alguém que amamos.

Relacionamentos saudáveis são baseados em respeito, liberdade, compreensão e, principalmente, em uma vontade mútua de ficar juntos.

Quando nos libertamos dessas amarras e vivemos de acordo com nossos desejos e necessidades verdadeiras, somos capazes de encontrar a felicidade e o amor onde quer que estejamos.

Contudo, acredito que o amor seja um verbo que se conjuga consigo mesmo, pois não é apenas um sentimento, mas uma ação diária que deve ser praticada, apreciada e aprimorada. É preciso estar disposto a cuidar, respeitar, compreender e se comprometer com a pessoa amada para construir uma relação saudável e feliz.

Nesse sentido, as relações mais positivas são aquelas em que os parceiros se dedicam mutuamente a fazer o outro feliz, a relação é parecida com uma via de mão dupla onde se dá e se recebe, sem cobranças excessivas ou expectativas irreais.

Portanto, amor não se encaixa em um padrão pré-estabelecido, ele é único e se reconstrói a cada dia, com respeito e dedicação mútua. Deve ser vivido e experimentado livremente, com autenticidade e entrega sincera.

Com amor e gratidão

Dan Dronacharya