INVERDADES & VAIDADES

“O silêncio é o grito mais alto de quem conhece a própria força.”

Quais são os seus defeitos? 
Ah, desculpa! Você não tem defeitos, não é mesmo? Pois… 
A soberba é o adorno preferido dos fracassados. E não hesito em afirmar. 
O soberbo não conversa — ele grita. Coage. Constrange. Tudo para que ninguém perceba a sua pobreza interior. 
Na realidade o soberbo é um fracassado fantasiado de vencedor. Vive de encenações, pois teme ser visto como realmente é: frágil, perdido, vazio. Portanto, se você gosta de lugares SSP (Sossegado, Silencioso, Pacifico), será difícil conviver com soberbos, certo??? 
ERRADO! O mundo não é cor-de-rosa bebê. Acorda “my sweet Child”. Príncipes encantados não existem. Pessoas perfeitas não existem. A ilusão não é positiva 
CALMA, nem tudo está mal. Respire fundo! Lembre- se de quem você é e não discuta. Não permita que lhe roubem de si mesma.  
A DISCUSSÃO tira a paz e traz a irracionalidade, a mente perde a capacidade de pensar e ficas a mercê de argumentos insensatos, incultos e agressivos. Portanto, outra vez, não discuta!  
SILENCIE-SE. Não expresse sua ira, não se perca. Silenciar não te fará menos, te tornará sensato, coerente, pacifico e vigilante. Sensato consigo mesmos, com as suas verdades, coerente com sua mente e com sua visão de mundo (princípios e valores), pacifico no seu falar e no seu agir e vigilante com seu templo, com a dignidade da sua casa e com a honra da sua ancestralidade. 
 
MEDITE; 
Entre em conexão consigo, reafirme seus valores, reavalie suas atitudes e mantenha a sua PAZ; faça o que te faz bem, disse-me o doutor. 😊 
DESILUSÃO; 
Aceite a si e não cobre ao mundo que ele seja, respeite o limite, o sagrado e o intelecto do outro. Não seja mais um iludido a achar que o mundo era um favo de mel. Não exija do outro a perfeição, volte a si e compreenda que ser desiludido e um dos passos mais importantes para quem sabe amar  
Então; 
 AME-SE; 
Procure a si e aproveita aquilo que você considera SOBERBA nos outros para trabalhar em si. 
Perdoe-se, apaixone-se e envolva-se consigo mesma até que o vosso relacionamento seja um casamento sólido, inabalável e indestrutível. 
Eu? 
Ah, eu casaria comigo um milhão de vezes … 😊 😊 😊  
Gratidão; 
Dan Dronacharya. 

A Paradoxal Arte de Viver: Reflexões sobre Morte e Santidade com Huxley

Para mim, morrer não é um problema.”
Toda pessoa frustrada, de alguma forma, não vive; é apenas um corpo sem alma, obedecendo mecanicamente ao ato de respirar. A morte, que nos santifica, também nos tranquiliza; ela remove as expectativas e nos faz perceber que, paradoxalmente, é morrendo que realmente vivemos.
Vivemos mais e melhor quando nos abstemos de opinar, comandar e esperar. Por isso, morrer ainda parece ser o caminho para aqueles que desejam, de fato, sentir a vida, seja como santo, religioso, familiar, cidadão, político ou amante.
O que importa não é o que é valorizado pelo mundo, mas sim que a vida só se realiza plenamente se morrermos para nossos apegos e ilusões.
Já morri tantas vezes, mas às vezes ainda me pego esperando.
Bem;
O trecho de Huxley nos confronta com a complexidade da moralidade e da virtude, oferecendo uma lente crítica para examinar nossas próprias atitudes e expectativas.

“Que os mortificados são, sob alguns aspectos, frequentemente muito piores que os não
mortificados, é um lugar comum da história, a novela e a psicologia descritiva. Assim, o puritano
pode praticar todas as virtudes cardeais prudência, fortaleza, moderação e castidade sem
deixar de ser completamente mau, pois, em muitos casos, estas virtudes acompanham-se, e de
fato estão casualmente relacionadas, com os pecados de soberba, inveja, ira crônica e uma falta
de caridade levada às vezes ao nível da crueldade ativa. Confundindo os meios com os fins, o
puritano se acreditou santo porque é estoicamente austero. Mas a austeridade estoica é
meramente a exaltação do lado mais reputado do eu a custas do que o é menos. A santidade,
pelo contrário, é a total negação do eu separado, em seus aspectos reputados não menos que
vergonhosos, e o abandono à vontade de Deus. Até onde há apego ao “eu”. “minha”, “meu”, não
há enlace com a Base divina nem, portanto, conhecimento unitivo dela. A mortificação deve levar-se
ao extremo do desprendimento ou (na frase de São Francisco de Sales) “Santa indiferença”;
em outro caso, só transfere a obstinação de um lugar a outro, não meramente sem diminuir o
volume total de obstinação, mas, ao contrário, às vezes, com um verdadeiro aumento. Como
costuma ocorrer, a corrupção do melhor é a pior. A diferença entre o estoico mortificado mas
ainda arrogante e egocêntrico, e o não mortificado hedonista, consiste nisto: o último, brando e
negligente, no fundo, envergonhado de si mesmo carece de energia e atividade para fazer muito
dano exceto a seu próprio corpo, mente e espírito; o primeiro, por ter todas as virtudes
secundárias e olhar com desdém aos que não são como ele, está moralmente equipado para
desejar e poder fazer mal em maior escala e com a consciência perfeitamente tranquila. Tudo isto
é óbvio; entretanto, no jargão religioso corrente, a palavra “imoral” se reserva quase
exclusivamente aos que sentem prazer carnal. Mesquinhos e ambiciosos, os malvados
respeitáveis e os que cobrem sua avidez de poder e posição com o tipo adequado de hipocrisia
idealista, não somente ficam imunes de censura, mas até são apresentados como modelos de
virtude e santidade. Os representantes das igrejas organizadas começam pondo auréolas sobre à
cabeça das pessoas que mais contribuíram para a explosão de guerras e revoluções; logo,
insignificantemente queixosos, admiram-se de que o mundo se encontre em tão tremenda confusão.”
Trecho do livro: Filosofia Perene – Aldous Huxley.
Gratidão eu sou por ler e sentir as palavras deste grande pensador.
Dan Dronacharya.

Além do Dilema; Certo e Errado.

“A questão nunca foi entre ser a certa ou a errada, isso sempre foi sobre amar e ser a AMADA.”

Fala a verdade, não pra mim, para si! Todos sabemos quando somos amados, não é mesmo? Permitam-me falar sobre a energia do amor, embora não o faça diretamente; eu espero sinceramente que possam sentir minhas palavras.
Pois bem,
Seja em uma cafeteria, na cozinha de casa, na praça ou no bar, onde houver pessoas conversando, o tema dos relacionamentos estará presente. Talvez não seja o foco principal, mas certamente será o mais apreciado, como aquele doce de amêndoas acompanhado de um café expresso após a refeição. Delicioso! Às vezes, até almoçamos só para saborear a sobremesa (risos).
Nesses encontros sociais, é comum discutirmos sobre relacionamentos. Durante essas conversas, sempre surge alguém que diz que “os homens gostam de mulheres promíscuas” e que eles se casam com as “certas” e se divertem com as “erradas”.
Por outro lado, há quem diga que eles não se casam com as “erradas”. Será mesmo? Ah, que confusão!
Respirem fundo, mantenham a calma. Vamos estender um pouco mais esse tecido de chita e vamos tentar perceber quantos cobertores podemos fazer com esses fuxicos (risos).
Podemos prosear enquanto fuxicamos, e vejam só…
A verdade é que ainda nos relacionamos por interesses e esperamos que o amor surja, como se fosse algo predestinado. Isso seria até engraçado se não fosse tão trágico, concordam?
Já sabemos que os relacionamentos baseados em interesses não são verdadeiros amores. As mulheres também não deveriam escolher seus maridos pela quantidade de notas graúdas que ele tem nas algibeiras e muito menos tentar ser a esposa perfeita para merecer o carinho do homem desejado.
Ora, ora meus amores e caros leitores , o amor está além destes pormenores, ele não obedece as regras sociais, não faz acepção de pessoas e nem fica preso numa folha A4 como se fosse obrigado a passar o pão que o diabo amassou. Não o amor não tolera o sofrimento e não fica onde há imundices. Ele nasce na mata verde, brota sem querer no capim seco, está sob os rios e nas profundezas dos mares, dentro e fora das montanhas, acima da terra e abaixo do céu e em todos os lugares, mas não permanece onde o egoísmo e a ganância dominam.
Pois, bem;
Voltemos ao inicio do texto e ao eterno dilema da sociedade, de querer amar, querer ser amado ou de amar e permitir que te amem. O que será que queremos de fato?
Por ora deixemos o Sol brilhar e que floresçam as flores…
Gratidão;
Dan Dronacharya.