OS NUNCAS QUE NUNCA SÃO NUNCAS

Bem,
Tenho por hábito instintivo, profissional, prazeroso e, por hobby, o gosto de observar o comportamento humano—seja na praça, na igreja, em público ou privado, presencialmente ou online. Em um desses momentos de lazer, navegava pela internet quando me deparei com uma publicação em uma rede social. Não lembro onde a encontrei, mas do conteúdo, disso eu me lembro bem.
Observar é um prazer e, ao longo do tempo, percebi que as pessoas entram em uma corrida de 360º sem notar. Mas deixemos de lado a percepção crítica—não se deixe levar pelo meu jeito de escrever. Inteligência emocional é saber captar o conteúdo por trás das “chatices” desta autora.
O post dizia:
Os 7 NUNCAS
Nunca ouça mais os outros do que a si.
Nunca deixe que alguém, mais do que você, seja você.
Nunca siga alguém sem que você queira.
E, blá, blá… Ops! Nunca, nunca…
Se prestarmos atenção, não deveríamos NUNCA seguir os muitos NUNCAS, não é mesmo?
Chega a ser engraçado como a mente humana continua estagnada…
Você não precisa concordar, se não quiser! 😉
Por ora é melhor deixarmos o Sol brilhar…
Gratidão,
Dan

A Insanidade de Ser Verdadeiro

“Insensatez seria continuar olhando para fora.” 

A pessoa certa existe? É VOCÊ? 

Hahahahaha, gargalhou a bruxa…. Aí, eu fico com preguiça quando ouço alguém dizendo que está procurando a pessoa certa.
Fala sério, conversa comigo aqui, estamos no século XXI, certo? 
Peço desculpas, ando desligada, por instantes, eu poderia jurar que estávamos entre os séculos XVIII ou IX 
Será que o mundo tem “comido bola” (falhado)? Expressão muito usada por editor maluco que conheci.  
Vamos facilitar os cálculos, suponhamos que o mundo tenha falhado. Falhado com o quê? Com a verdade? Qual delas? Com a coerência? Ou com a própria noção de realidade, onde se preza mais a performance do que a substância? 
Não estamos valorizando demasiadamente a superficialidade, as falsas promessas de pertencimento? 
Será que não é a nossa visão de mundo que esta enviesada estamos “comendo bola” naquilo que é elementar na formação do ser consciente? 
O mundo não julga, não age e nada faz, ele apenas reverbera suas ações e expressões. 
Talvez, só talvez seja bom cogitar as nossas falhas num sentido mais amplo da palavra, assim sendo, é cogitando as nossas certezas, que perceberemos os próprios erros é harmonizar-se com o todo. 
Portanto, se o mundo é aquilo que sua essência alcança, é provável que não seja ele que tenha errado/faltado na ordem das coisas, espera! Só mais uma talvez…. É, que talvez esse negócio de culpar o mundo/Universo seja só uma desculpa desonesta que damos a nós e ao mundo, não é mesmo? 
Calma, não precisa saber a fórmula que gira a roda da Rebimboca da parafuseta, nem saber a quantia exata de estrelas no céu e muito menos desenhar a fórmula do pensamento humano, nem de longe, a intenção desta provocação filosófica é sobre honestidade intelectual e a energia que espalha e como a normalizamos 
A verdade é que; 
“A sagacidade da mente que percebe o que esta além do que é visível é algo surreal. O maravilhoso poder de vislumbrar o que é até então impossível para os olhos da normalidade é de fato coisa para poucos. Geralmente, são denominamos loucos.” 
É, importante percebe que somos aquilo que espalhamos e não o que acumulamos, assim sendo a fórmula se torna fácil. 
A probabilidade de receber coisas boas aumentam quando eu espalho uma boa energia, ela diminui o meu sucesso e o meu acesso quando eu espalhar uma boa energia. De novo, isso é sobre honestidade intelectual. 
Não é preciso andar por estradas que que desalinham connosco, ninguém é obrigado a dançar a dança do momento. De fato a desonestidade realmente tem se tornado normal, mas, será que precisamos aceitar e espalhar a mesma energia? 
Qual seria a probabilidade de as coisas melhorarem se espalhamos a mesma energia que discordamos? A matemática é linda e junto com a logica, fica ainda mais exuberante. 
Espalhar uma energia positiva, de forma autêntica e educada só afastara de nós aquelas pessoas que não precisamos por perto. 
Aceitar a nossa energia e vibrá-la verdadeiramente fará com que mais energias semelhantes e pode ser que ninguém se aproxime, mas não podemos nos ausentar de nós mesmos. 
Não se chateie se te rotularem como o louco, porque a sociedade, na sua maioria prefere a ilusão confortável da “normalidade” à verdadeira busca pelo sentido. É loucura ousar falar diferente do comum, do aceitável o do sociável. Mais um comodismo travestido de bem-sucedido. Não? 
E quem foi que disse que ser normal é o ideal? 
“A normalidade é na maioria das vezes uma prisão confortável, um desconforto disfarçado de liberdade.” 
Quem nunca foi chamado de louco ou de desconectado quando enfim teve coragem de expressar o próprio pensamento? 
Quem nunca se sentiu ridicularizado porque não acompanhava as idiotices do comum? 
Eu já, já fui chamada de louca, de insensata e de todos os outros sinónimos e derivados da loucura; e também já dei muito importância nisto. 
Hoje vejo com uma clareza irritante COISAS e FATOS que eu não imaginava ser possível aferir. Agora sei que erro maior seria nunca ter olhado para além do óbvio. 
Errado, equivocado, inadequado e irreverente seria continuar vivendo e vibrando uma energia alheia, reprimida, dentro de uma casa que não era minha e tolhida do direito de questionar o que existe fora do  
Existe um preço não monetário a se pagar … E, se o preço da liberdade de expressão for a solidão dos “loucos”, então que assim seja. Melhor ser louca e verdadeira do que normal e vazia.  
A dor de não ter aqueles que amamos por perto é acalentada pela dignidade de ser inteiramente verdadeira na presença deles. 
Ha, ha, ha… 
Se uma segunda chance eu tivesse, eu já não erraria com isso outra vez. 
Eu jamais cometeria a insensatez de não me amar, de me achar inadequada ou fora do padrão 
Eu não percorreria outros céus se não o meu, eu me dignificaria, eu não enganaria, nem aos outros e nem a mim, eu jamais fingiria ser alguém diferente só pra agradar quem rejeitou a minha essência 
 Ah, se eu tivesse o poder de voltar e ser eu na minha atual versão, e encontrasse quem me amasse, assim, totalmente desnuda, acho que a morte não me alcançaria porque eu saberia que o sentimento de verdade seria… 
Mas, por ora, é melhor deixarmos o Sol brilhar… 
Gratidão;

Dan Dronacharya

Escritora/ professora de Yoga/ estudante da Consciência humana

Liberdade ou Desconexão?

O Amor no Tempo da Geração Wolke


Quem foi que inventou essa forma libertina de curtir a vida ou melhor, quem decidiu que isso era “curtir”? 
O sexo fácil e descompromissado dos dias atuais provoca-nos um misto de fascínio pela falsa liberdade e inquietação daquelas que causam loucuras. Faz-nos questionar: Será que amar é isso? Que tipo de amanhã estamos construindo? 
Longe de qualquer puritanismo, é impossível ignorar a frieza com que flertes e relações sexuais são tratados hoje em dia.

Vivemos em uma era onde é completamente aceitável que um garoto não queira compromisso com garotas, enquanto meninas adotam comportamentos tradicionalmente atribuídos a meninos e vice-versa.

Esse deslocamento de papéis, embora em muitos aspectos libertador, traz também um vazio difícil de preencher. 

Estamos assistindo a uma transformação social em que o conceito de “relação” parece esvaziar-se de significado. A conexão emocional dá lugar à conveniência; o romance, ao efêmero.

Não se trata apenas de uma mudança de comportamentos, mas de uma possível degradação do que chamamos de civilização. 
As relações sem amor, tão comuns nesta geração “wolke”, deixam um rastro de superficialidade.

Há liberdade, sim, mas para quê? Para a desconexão? Para a solidão mascarada por noites barulhentas? É hora de refletirmos sobre o que estamos perdendo, pois talvez o maior prejuízo não esteja nos atos, mas na ausência de significado por trás deles. 
Mas, por ora é melhor deixarmos o Sol entrar.

Gratidão;
Dan Dronacharya