QUAL A DIFERENÇA? 

Evoluímos, mas não progredimos 

“O sarcasmo é o último refúgio de pessoas modestas e de alma casta quando a privacidade de sua alma é grosseiramente e intrusivamente violada.” 
– Fiodor Dostoiévski 

Sabe aqueles momentos em que você se cansa de tapar o Sol com a peneira? 

Pois; 

Às vezes até parece que realmente vivemos num calvário em busca de redenção. Só não me deixo levar por isso porque acho que Deus não faria tal crueldade com os seus, será? 

  Não sei, o que posso observar daqui de onde estou é que nós vivemos num formigueiro frenético, em um eterno vai e vem danado em busca de fortuna monetária que ninguém levará para o caixão. 

Qual o sentido desta correria? 

Por que não saímos da bolha?  O sarcasmo aqui não é riso leve, mas defesa, espada e escudo ao mesmo tempo. Ele nasce do cansaço de quem já não tolera a hipocrisia travestida de “civilização”.  

Ora, ora meus caros leitores e amigos; 

Criticamos os viciados e ficamos tal como eles — implorando por drogas lícitas (lê-se liberadas pelo governo) nas farmácias da vida quando ainda estamos sem o receituário em mãos. 

E o vendedor da farmácia é como o vendedor de drogas ilícitas (lê-se não liberadas pelo governo). Não acredita? Até os bordões são os mesmos: 

— “Vendo-lhe desta vez, e vai sair mais caro.” 

O drogado, digo — o cliente — aceita. Submete-se a qualquer tipo de humilhação. Percebe calado e constrangido os olhares velados, os cochichos maldosos e os sorrisos amarelos. 

Quem precisa, se submete. Faz isso porque essas drogas aliviam suas dores físicas e mentais. O doente dependente de fármacos se curva da mesma forma que o viciado da esquina. 

Qual a diferença? 

Já sei! Um é socialmente aceito, o outro, execrado. 

Nós criticamos o machismo, e as feministas de hoje em dia são mais cruéis do que os homens que criticam. As mulheres já não se sentem bem sendo mulheres, masculinizamos e o movimento feminista2.0 acha que agora devemos fazer com os homens o que “supostamente” sofremos. Espera aí.  Então, o fato de devolvermos a maldade não é mais psicopatia? 

Mal dizemos as putas, mas atualmente as nossas meninas se comportam piores do que aquelas que recebem para transar. Enviam nude, mostram as partes na internet e nem cobram por isso, será memo que progredimos?  

Qual a diferença? 

Já sei: umas recebem, e as outras vão à igreja aos domingos, certo? 

Você pode discordar. Isto é uma provocação filosófica meu bem. E, assim como Voltaire, eu morrerei defendendo o seu e o meu direito de discordarmos. 

Veja, nós avançamos na tecnologia e regredimos na moral. Sim, moralmente, podemos afirmar que a moral de hoje está aquém em muitos quesitos em relação a nossa ancestralidade.  

Antigamente brincávamos na rua o dia todo, era comum levarmos uma surra porque deixávamos as obrigações para depois da diversão. Naquele tempo homem que gostava de homem era gay e mulher que gostava de mulher era lésbica. Homem que se vestia de mulher era travesti e aqueles que tinham retirado as partes intimas era chamado de gay operado.  

Qual a diferença? Ah, nem te conto (risos constrangidos). O machismo venceu, bebê! As mulheres usam calças e mostram os peitos e os homens nem precisam retirar as partes. Eles vestem saias, usam vestidos, passam batom, frequentam os banheiros femininos, competem na categoria feminina nos esportes. E, afirmam que a biologia pouco importa.

É, muito ódio das mulheres, você não acha não? Eles colocam catchup na cueca mesmo com pénis e tudo e também exigem ser atendidos por ginecologistas. De novo, antigamente os gays e as mulheres eram mais respeitados. Evoluímos ou progredimos?  

E, você pode guardar no seu bolso secundarista todo o seu latim “socratista”, porque aqui essa conversa de que não somos mais bárbaros, preconceituosos e violentos, não vai colar. 

Porque não! Não de fato, já não somos tão cruéis.  

Nós somos piores. 

Os ditos bárbaros da antiguidade não fingiam ser pessoas bondosas da alta sociedade, fingiam? Alguém já viu na história da civilização um bárbaro se travestindo de gentleman? Se sim, não lemos os mesmos livros de certeza. 

Hoje em dia, a maldade usa roupa de grife e se voluntaria para manter abertas as muitas casas que vivem da pobreza, da fome, da violência doméstica, da xenofobia e tantas outras maldades.  

Evoluímos, sim. 

Atualmente, um senhor xenofóbico que de maneira nenhuma representa a visão do povo de seu país. Grava um vídeo de ódio e envia ao mundo dizendo que paga 500€ para quem lhe levar uma de cabeça de um brasileiro.  Veja você mesmo no link abaixo.  

https://oglobo.globo.com/blogs/portugal-giro/post/2025/09/portugues-causa-revolta-ao-oferecer-euro-500-por-cabeca-de-brasileiro-em-portugal.ghtml

Qual a diferença? Responda a si, não queira briga comigo, eu não quero guerra com ninguém. Sinceramente? O mundo já tem guerra por demais, guerras armadas e guerras políticas travestidas de democracia. Eu, eu só quero a liberdade de escrever. 

Portanto, evoluir não é progredir. Tal como um cancro, nós evoluímos. Mas daqui de onde estamos, achar que progredimos já é pulo demasiado alto (risos). 

Pessimismo da minha parte? Pode ser. Mas eu diria que é realismo. 

Desde a adolescência que sei que evoluir significa mudar. 

Lembro-me bem dos dizeres de um certo sábio que cruzou os meus caminhos nos tempos que ainda confundia os termos, trocava os passos e carrega livros para bancar a intelectual.  

O sábio dizia “o cancro do ancião evoluiu, coitado a morte chegará em breve”. 

Ou seja: um cancro pode evoluir, mas dificilmente alguém diria que ele “progrediu”. 

Pare um pouco, afrouxe o nó da gravata, pegue seu carro, ou comboio e vá para as montanhas ou para onde você quiser ir. Fique consigo — olhe, é perceptível… 

 A sociedade se conformou com esta moral travestida de bons costumes. Nada ou pouco faz para ir em frente e progredir.  

Veja; Já não temos artistas, nos falta quem escreve sem IA e os filmes, series, novelas e até games são refilmagens daquilo já tínhamos. Nada novo! Onde estão os gênios? 

Qual é a diferença? Acho que a resposta é clara outra vez meus caros. Antigamente os intelectuais eram protegidos e mantidos pela sociedade, resultado disto: crescemos, o crânio humano cresceu, você consegue me achar?  

Hoje os intelectuais continuam a ser caçados como George Owel escreveu brilhantemente em sua brilhante obra o 1984.  

É, parece que esquecemos que temos que lapidar o interior tal como trabalhamos e embelezamos o exterior. 

Qual a diferença? Outra vez, eu não sei, mas atrevo-me a dizer que precisamos de mais apaixonados que persistem mesmo quando o mundo diz não e precisamos dos loucos, aqueles que dançam, criam e escrevem a história. 

Gratidão; 

Dan Dronacharya 

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O grupo da Fazenda

“Ingenuidade ou pretensão? Na grande fazenda, o governo não apenas governa—ele ensina seu povo a ser cada vez mais burro.” 

Seria a ingenuidade característica intrínseca do tolo, ou só dos tolos desavisados? 
Era uma vez um lugar onde os bichos raciocinavam e até conseguia falar sobre Moral. 
Pois, é … 
A noite cai sobre a grande Fazenda, e um velho carvalho se ergue à distância, imponente e solitário. Dentro de sua casa no alto do tronco retorcido, dona Coruja solta um piado estridente, carregado de deboche, ecoando pelo campo. Logo em seguida, gargalha com um riso agudo e prolongado, semelhante ao de uma bruxa, reverberando na escuridão. Seus olhos brilham com astúcia, refletindo a luz da lua, enquanto as folhas do carvalho balançam suavemente ao som do vento noturno. Na Fazenda dos Ignorantes, os bichos se entreolham, inquietos, perguntando-se o que tanto diverte a feiticeira. Dizem que eles ficaram agitados quando ouviram o piado alto com ares de deboche seguido de gargalhadas que a dona coruja deu de dentro da sua casa no carvalho velho longe da fazenda dos ignorantes. 
A dona Cocoricó, coitada! Quando ouviu a gargalhada da amiga saiu em disparada estrada a fora batendo asa tal qual uma galinha choca ou louca, até chegar na casa da dona Coruja. 
Ela subiu escada acima, parou na porta e toda esbaforida perguntou para a sábia Coruja o que é que a fazia rir tanto. Já fazia tempo que ninguém gargalhava assim.   
Olá dona Cocoricó, então a senhora não leu as notícias no portal dos Ignorantes do Bem? Uiiii! Menina, continuou ela, toda rubra de tanto rir. Entre gargalhadas e palavras ela disse: 
Achei que já tinha esgotado minha cota de risadas com os comunistas de iPhone, mas me enganei.  
Não aguento essa pobreza de espírito. Gargalhei alto com a prosa do grupo da fazenda, onde estou por conta da intervenção de uma matriarca.  
Ora amiga… Tu sabes, tenho o sangue deles, mas reneguei a ignorância, por isso eles me rejeitam. Olhe ao nosso redor… 
Vês alguma coruja além de mim por aqui? 
Cocoricó balançou a cabeça, sinalizando a negativa. 
Não, né? Pois bem, tudo começou quando vi e resolvi entrar na conversa do grupo dos bem ignorantes, ops! De um dos ignorantes do bem. 
       Um dos ignorantes postou; 
“Viva, enfim uma boa noticia, o Bola de Terra será julgado pelo tribunal de tortura da fazenda.” 
A notícia caiu como fogo no paiol, todos os ignorantes curtiram a postagem, só a dona Xepa que gosta de negativar tudo, que saiu alertando os ignorantes sobre um possível falso alerta. Ela postou: 
    – “Duvido que eles consigam prender o ladrão de joias, não adianta ficar feliz, não existe justiça para essa gente.” 
Depois disso a dona Xepa postou a palavra do senhor de todos os bichos como faz diariamente e não falou mais nada. 
O “cabaré” pegou fogo mesmo quando eu resolvi copiar e colar um POST que recebi de um outro pessoal mais desenvolvido de fora da fazenda. 
O meu POST fazia menção a quadrilha que governa a grande fazenda e não aos dos ignorantes do bem. Postei porque achei interessante, porque não aceito essa visão enviesada imposta de uma forma ardilosamente carinhosa, ou aceita ou serás ninguém. Portanto achei engraçada a resposta.” 
Mas?! Ofendeste alguém dos implacáveis ignorantes do Bem?  
Perguntou a dona Cocoricó, dona Coruja respondeu rápido: 
Claro que não! Eu não ofendi a ninguém, veja lá… Eu repostei uma publicação que falava sobre os assaltantes, sequestradores e ladrões de banco da outra revolução e que hoje são os governantes da grande fazenda. Isto é um fato meu bem, certo? E, diante de fatos não há argumentos né, querida?.” 
    – HUMM, disse a dona Cocorico: 
Não sei, não! Pra quem não há argumentos? 
Ah, dona Coruja, a senhora não fez isso inocentemente, fez? Tu sabes bem que sensatez não é uma opção para eles. Eles cagam no tabuleiro, e se dizem vitoriosos, lembras? 
A dona Coruja ficou em silêncio, andava de um lado para o outro mordiscando a haste dos seus grandes óculos, ela parecia digerir cada palavra dita por sua única companheira naquele lugar. 
A dona Cocorico continuou a cacarejar;  
Oh, minha amiga, nós sabemos que carregas uma dor entre essas penas já acinzentadas pelo tempo, não acho que tenhas feito sem saber e có- có- ri-có, có- có- ri-có, có- có- ri-có. 
Até que a Coruja interrompeu o seu cacarejo com piado: 
Sim, amiga! Eu sei tudo de mim e alguma coisa deles, nasci e cresci ali, eu posso parecer uma anomalia, mas eu sou um deles. Confesso que eles me surpreenderam. 
 
Eu não achei que eles já tinham chegado nos ataques com os de dentro do clã. 
Até um dia destes eles eram unidos e se defendiam. Agora atacam os de dentro? Os íntimos? 
 
A tola sou eu! Esqueço-me que não sou um deles, esqueço que sangue pouco importa.  
Dona Cocoricó interrompeu a amiga, afagou as longas penas da amiga, acalentou-a em suas pequenas asas e entre piados e piadas, tentava acalmar a velha companheira e disse: 
Eles são carrascos e estúpidos ao ponto de ofenderem os seus sem saber nem o que nem o porque. Incoerentemente, falam de amor, mas geram o odio por quem nunca os ofendeu sem razões para isso.  
 
A pergunta continua; 
Seria a ingenuidade característica intrínseca do tolo, ou só dos tolos desavisados? Eu nunca vi isso nem nos piores infernos que visitei e olhei que já visitei muitos 
Olhe! Veja aí no grupo, quem é que veio responder ao meu post e diga-me se tem como não rir da ignorância do bem, tem? 
A Cocorico começou a rir do impropério e disse: 
   – Meu ovo santo, quanta tolice. 
A dona Coruja continuou; 
  – Sim, veja bem, querida! O “Galin Zé” e o seu irmãozinho “Piriquita de Pinto” se ofenderam com meu post, acreditas? 
O “Piriquita de Pinto” e seu mano mais velho Galin começaram os ataques falando de coisas que eles não sabem e afirmam verdades infundadas e incutida na mente deles. 
      Tolamente me ofenderam afirmando que minha fonte de estudos é o cantor que fez o post que eu partilhei, segundo ele, um artista falido, que posou pelado, usou drogas e tocava rock nacional. 
Até dá pena da criança tentando me atacar, tentando fazer ironias e incitando o “amor odioso” dos companheirinhos riquinhos mal-informados e mal-educados a atacar-me também. 
 Agora veja bem; 
“O cantor falido em questão era ídolo do pai dele 
O artista usou drogas?  Bem, se álcool e erva for droga  
O Galin também já usou. 
O cantor falido ainda tem nome, o Galin até onde sei, ninguém sabe quem é. 
O cantor posou pelado? Sim! Foi um sucesso, ou ainda é, né?O Galin viu e gostou. 
Ah, eu adoro isto! 
A revista é da minha época, “brow”, não da tua. E quer saber? Eu também gostei da revista, bebê (risos).  
Relaxa, Galin! Eu entendo a tua situação, agora tens que conformar com essas aberrações de saia de hoje em dia, né?  Ah, dona Cocorico, me ajuda né querida, amarrota-me, então, porque eu fico passada com essas baboseiras. 
Pensa, mulher! Ainda a que minha fonte fosse o tal cantor, qual a imoralidade em posar nu para gays e usar drogas? 
Veja bem onde chegamos querida e diga-me por onde anda o bom-senso deste povo?! 
Um pivete que vivia na esbornia até um dia desses, dá o furisco, bebe e faz mais sei lá o que, um sujeito que não sabe nem se é homem ou mulher, que já participou de tudo que é putaria, que é totalmente bancado pelo Papai, que só estudou pra cuidar da saúde dos bichos, um merdinha que não sabe da vida, vir querer ter lugar de fala quando o assunto é MORAL. 
Só rindo mesmo, né colega? … Fala sério! 
Calma amiga, falou dona Cocoricó 
Tá bem! Vamos rir enquanto se pode, porque comer, respeitar os outros e amar de verdade não são opções para os Ignorantes do bem.  
Aqui todos são iguais, mas tem alguns são mais iguais do que os outros. 
Pois bem; 
O Bola de Terra se safou. A Coruja silenciou diante do espetáculo de amor com gosto de ódio no tribunal da Fazenda e não participou mais das conversas. 
Já os irmãos Galin e Piriquita de Pinto? Continuam dentro do armário, trancados a sete chaves, talvez estejam discutindo se aquele cantor pelado estava bem iluminado na foto ou se deveria ter feito um bronze antes do ensaio.  
 E, enquanto isso, do outro lado da Fazenda 
A quadrilha que governa a grande Fazenda segue perseguindo mães que escreveram contra o regime e libertando estupradores, assassinos e ladrões, parece-me que o povo continua escolhendo Barrabás. 
Os governantes da Fazenda continuam alimentando a sua nação de ignorantes com chicória e ovo. 
E o povo? Come e espalha a receita dando razão a máxima que diz que “o povo tem o governo que merece.” 
Ninguém mais falou no assunto… 
NOTA: Este artigo foi inspirado no livro “A fazenda dos Bichos” do talentoso George Orwell. Portanto qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. 
Com gratidão, 
Dan Dronacharya.

Tolerância Zero: Uma Reflexão Contra a Falácia do “Coletivo”

… “É sozinha que se percorre as longas e intermináveis estradas entre mundos e Almas ” …

Ando intolerante. 
Ai, que preguiça dessa podridão revestida de pura beleza. Defendem pautas humanitárias, mas destroem mentes e corações. 
Preguiça dessa gente relapsa, irreverente e desrespeitosa, que posa de séria e competente. É desanimador ver mulheres que sabem definir o que é ser mulher e, ainda assim, toleram o ódio direcionado a nós. 
Já ultrapassamos o fundo do poço. Hoje, garantimos que um homem de saia também seja mulher e permitimos que homens frequentem os banheiros e vestiários femininos. Isso é desolador. 
Que canseira. Desanimo até ao ouvir essas mães modernas que se dizem exaustas por colocar o filho na creche, mas negligenciam acompanhamento médico e vacinação. Mães que veem a maternidade como uma profissão da qual precisam de férias e contrato de trabalho. Que sociedade é essa? 
Gente que reclama da vida, mas só sai de casa a pé se for até o carro. “Patricinhas” que nunca entraram num comboio lotado, mas querem ter “lugar de fala” quando o assunto é transporte público. 
Estou farta dessas feministas 2.0, mais machistas que os próprios homens que dizem odiar. Elas defendem a desconstrução familiar e a diminuição da mulher. Saio de perto quando escuto alguém dizer que “mulher tem sempre razão” — uma tentativa disfarçada de silenciá-la. E o pior: elas gostam disso. 
Odeio ver empresas que fingem zelar pelo bem-estar dos funcionários, quando, na verdade, só querem dominá-los, afastando-os da família e prendendo-os cada vez mais dentro das paredes corporativas. Não compreendem ninguém. E, se você ousa não aceitar ser açoitado sem chicote, ficará sem vintém. 
Quer saber? Cansei. 
Tolerância zero para essa presença ausente, para os amores forçados e para a falta de reverência. Esse discurso de ser “coletivo” me enoja. 
Sou centelha divina, uma parte do corpo celestial, mas não sou você. E você não é eu. Tentar se desfazer para satisfazer os outros não é o caminho de quem carrega o Divino em si. 
Ver o outro com tudo que ele é — essa é uma das maiores dificuldades dessa turminha que grita por diversidade, mas que, na verdade, quer moldar você. Quer saber seus segredos, usar seus medos e convencer você de que não pode ser um indivíduo único. A crueldade é tanta que, se você não se desfaz para se encaixar, será reduzido a um zero à esquerda. Bonita filosofia, não? Chama-se comunismo. Tudo igual, mas alguns sempre serão mais iguais que outros. 
Pense bem: 
Você é igual a um pedófilo? Uma pessoa abusiva? Um assassino? 
Que falta de reverência ao Divino que lhe habita. Pare aqui, volte depois, mas reflita sobre isso. Sobre quem é você por trás das cortinas da sociedade. 
Não precisa responder a mim. Isso é uma provocação filosófica, e nada mais pessoal do que essa resposta. 
Eu? 
Não tenho mais tempo para tolices. Não fico onde não quero. 
Não dou atenção em troca de status. Não tropeço em adjetivos nem me desfaço. Desembaraço sem deixar espaço e só abraço quem me quer bem. 
Gratidão. 
Dan Dronacharya