Por que não saímos da bolha? O sarcasmo aqui não é riso leve, mas defesa, espada e escudo ao mesmo tempo. Ele nasce do cansaço de quem já não tolera a hipocrisia travestida de “civilização”. Ora, ora meus caros leitores e amigos; criticamos os viciados e ficamos tal como eles — implorando por drogas lícitas (lê-se liberadas pelo governo) nas farmácias da vida quando ainda estamos sem o receituário em mãos
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A DIFERENÇA ENTRE OS DEPENDENTES 

“O sarcasmo é o último refúgio de pessoas modestas e de alma casta quando a privacidade de sua alma é grosseiramente e intrusivamente violada.” 
– Fiodor Dostoiévski 

Isto, é sobre os instantes em que você finalmente se cansa de tapar o Sol com a peneira.

Há momentos na vida em que todos nós nos cansamos de atuar. A gente se exauri, o copo pesa e fica difícil segurar o personagem bem educado. A gente desanima, se sente um idiota que acreditava que a humanidade vale a pena. Parece que a solidão não é tão feia, podemos ficar juntas você simplesmente se cansa e a cabeça pesa, perde a capacidade de interpretar, de tentar tapar o Sol com a peneira. Agora todos verão que não passam de tolices civilizadas — e, aquelas formalidades que só afastam a verdade e aquilo que sobra são os muitos sorrisos vazios.

E eu me pergunto: qual o sentido dessa correria? Por que não saímos da bolha?
Ah, claro: o sarcasmo aqui não é riso leve, meus queridos. Ele é último refúgio — defesa, espada e escudo. Ele nasce do cansaço de quem já não tolera a hipocrisia travestida de “civilização”.

DEPENDENTES: OS LÍCITOS E OS ILÍCITOS

Nós criticamos os dependentes químicos da rua e os dependentes de fármacos comportam.se como eles — implorando por drogas lícitas nas farmácias da vida passando muitos perrengues e o constrangimento aumenta quando eles estão sem receituário.

O dependente de fármacos se encolhe diante do balconista da farmácia da mesma maneira que o viciado da esquina.

E o que faz vendedor da farmácia nestas ocasiões? Ele faz praticamente a mesma coisa que o vendedor das drogas ilícitas.
Até os bordões, são idênticos:

A voz detrás do balcão percebendo a necessidade do dependente químico e dirá: — “Eu lhe vendo, mas desta vez será mais caro.” Só falta dizer “podes crer, mano”.

Quem precisa de verdade se submeterá a tudo.
Curvar-se-a em busca de sua droga.

O “cliente” — ou drogado, seja qual for o rótulo — aceita. Engole a humilhação.
Percebe os olhares velados, os cochichos mesquinhos, os sorrisos amarelos.

Qual a diferença?
Simples: um é socialmente aceito, o outro é execrado.

A MORAL QUE CEGA

As mulheres criticam machismo, mas parte do feminismo atual se tornou mais cruel do que os homens que elas criticam Na sociedade atual existem muitas mulheres que já não se sentem bem sendo mulheres; elas se subjugam, pensam que são inferiores e com isso acabam por serem cruéis machistas com elas mesmo, por vezes, até parece vingança travestida de ideologia. É sério! Elas passam o tempo todo copiando os homens e as coisas que nos honravam, há tempos deixou de ser costume, virou coisa de “mulherzinha ou de pessoas que mestruam, pode? as senhoras querem receber até décimo terceiro porque pari, amamenta e cuida de sua casa. Veja se isso é possível? É — viu!? E eu pergunto: desde quando a maldade deixou de ser um desajuste mental?
Não? Não deixou?
Pois, vala-me Nossa Senhora das folhas secas.

Criticamos garotas de programa, mas as meninas de hoje se comportam muitas vezes como as que recebem dinheiro para transar — exceto que, na maioria das vezes, nem recebem. As partes íntimas viraram conteúdo gratuito na internet.

Progredimos? Ou apenas evoluímos no sentido errado?

Ah, claro: umas recebem; outras vão à igreja aos domingos.

Respire.
Isto aqui é uma provocação filosófica, meu bem.
E, eu assim como Voltaire, morrerei defendendo o direito de discordarmos.

De fato nós avançamos em alguns setores ;como na tecnologia, fomos à lua, desenvolvemos maquinas e robôs, mas regredimos na moral. Sim, moralmente, estamos piores.
A moral de hoje está aquém de muitas de nossas ancestralidades.

ANTES E AGORA

Não faz tanto tempo, crianças brincavam na rua o dia todo. Cumpriam obrigações antes da diversão, tinham hora para dormirem e tinha a hora de fazer a lição. As meninas por mais levadas que fossem, mantinham a retidão e a virgindade. As moças gostavam de literatura, liam poemas, eram recatadas, prendadas e sabiam rezar e os bons rapazes eram fortes, gentis, galanteadores, eram educados para serem mantenedores, treinados para responderem e para protegerem seus familiares

As categorias ainda que grosseiras, eram simples:
– Homem que gostava de homem era gay.
– Mulher que gostava de mulher era lésbica.
– Homem vestido de mulher era travesti.
– Homem que retirou o pênis era operado, jamais o chamariam de mulher.

E, agora ? (risos constrangidos).

Agora o machismo venceu, bebê!
As mulheres mostram os peitos; os homens nem precisam tirar nada. Basta vestirem saias, passarem batom, frequentarem banheiros femininos, competirem nos esportes femininos — e dizerem que biologia não importa.

Ódio das mulheres? Eu diria que sim.
Ketchup na cueca, pênis intacto e ainda exigindo ginecologista.

Antigamente, gays e mulheres eram mais respeitados.
Evoluímos? Ou apenas nos disfarçamos melhor?

Guarde seu latim socrático: esta conversa de que não somos mais bárbaros não cola.
Não somos menos cruéis.

PIORAMOS?

Antigamente, os bárbaros não fingiam ser bondosos. Ninguém jamais viu um bárbaro travestido de gentleman.

Hoje, a maldade usa grife. É, voluntária em ONGs. Ela simplesmente, brilha em eventos beneficentes enquanto alimenta, com a mesma mão, a pobreza, fome, violência e xenofobia.

Evoluímos, sim.

Atualmente, um senhor xenófobo gravou um vídeo oferecendo 500€ pela cabeça de um brasileiro. Chegamos a esse ponto.

Qual a diferença?
Responda você.
Eu não quero guerra com ninguém — o mundo já tem guerra demais.
Eu só quero a liberdade de escrever.

EVOLUIÇÃO NÃO É PROGRESSO

Evoluir não é progredir.
Um cancro evolui — e ninguém diria que ele progride.

Desde jovem aprendi isso.
Um sábio que cruzou meu caminho dizia:
“O cancro do ancião evoluiu. Coitado; a morte chegará em breve.”

E cá estamos nós, evoluindo como o cancro: mudando sem melhorar.

Pare um pouco. Afrouxe a gravata. Pegue seu carro — ou seu comboio — e suba às montanhas.
Fique consigo.
É perceptível…

A sociedade se conformou com esta moral mascarada de bons costumes.
Não avançamos. Não progredimos.

Já não temos artistas.
Falta quem escreva sem IA.
Filmes, séries, novelas, jogos — tudo é refilmagem. Nada novo.
Onde estão os gênios?

Antigamente, intelectuais eram protegidos.
Resultado: crescemos. O crânio humano cresceu.
Consegue me encontrar aí dentro?

Hoje, os intelectuais continuam a ser caçados — como Orwell descreveu tão bem em 1984.

Esquecemos de lapidar o interior, mas sabemos polir o exterior.

Qual a diferença?
Outra vez: não sei.
Mas atrevo-me a dizer que precisamos dos apaixonados que persistem, mesmo quando o mundo diz não — e dos loucos que dançam, criam e escrevem a história.

Gratidão,
Dan Dronacharya

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