“A arte de confundir os conceitos é um recurso antigo daqueles que querem ludibriar.”
Você já percebeu como é fácil enganar aqueles que são ingênuos ou ignorantes? Aqueles que, por falta de experiência ou informação, acabam sendo presas fáceis da manipulação?
E você — sim, você — já se sentiu um idiota ao ouvir alguém te chamar de desiludido?
Pois é. Mas sejamos honestos: a idiotice mora, na verdade, é na ilusão. Desiludir-se não é falhar — é abrir os olhos. (risos)
Este artigo é sobre isso. Sobre a arte de enganar — e, mais do que isso, sobre a disposição que muitas vezes temos de nos deixarmos enganar. E por quê? Por vaidade, por conveniência, por medo de encarar o erro ou, simplesmente, por preguiça de pensar fora da caixinha onde estamos tão confortavelmente instalados.
Hoje, pela manhã, como de costume, fui ler as manchetes do jornal. E lá estava eu, novamente “choquita”, gente.
https://www.publico.pt/2025/07/22/sociedade/noticia/afastar-sexualidade-disciplina-cidadania
A matéria tratava da decisão do governo em remover o tema da sexualidade da disciplina de cidadania nas escolas. A manchete afirmava, com certo drama, que isso era um retrocesso, segundo um representante dos diretores escolares.
E foi aí que a confusão conceitual me pegou pelo colarinho — de novo. Afinal, estamos no século XXI, e ainda permitimos que palavras sejam usadas como armadilhas semânticas para nos manter polarizados, indignados e, principalmente, mal informados.
O termo usado — “retrocesso” — é forte. Carregado de juízo. É pejorativo, alarmista, ideologicamente inflamável. Mas… será que estamos mesmo falando de um retrocesso? Ou seria apenas um retroceder estratégico, uma reavaliação, uma pausa para reconsiderar os caminhos tomados?
É aqui que entra a parte que poucos querem encarar: retroceder não é regredir.
Muita gente — e aqui incluo formadores de opinião, militantes, jornalistas e até professores — ainda confunde retrocesso com regressão. E isso não é apenas um erro inocente de linguagem; muitas vezes, é uma escolha proposital, feita para manipular.
Vamos organizar as ideias:
Retroceder é recuar para enxergar melhor, para corrigir a rota, para não cair no abismo. É um movimento de inteligência, de humildade e, muitas vezes, de coragem. É uma pausa tática que permite o avanço com mais consciência.
Regredir, por outro lado, é perder o que já foi conquistado. É abandonar direitos, ignorar a história, repetir erros antigos. Regredir é, de fato, nocivo. É negar o amadurecimento.
Confundir esses dois movimentos é o primeiro passo para desonrar o debate público. É transformar qualquer tentativa de revisão em um escândalo político ou ideológico.
E isso nos coloca em uma posição insustentável: ou você defende tudo do jeito que está, ou é automaticamente rotulado como retrógrado, reacionário, ou algo pior.
Sabe o que realmente empobrece a democracia? A incapacidade de admitir que, às vezes, erramos. Que exageramos. Que fomos longe demais, rápido demais, sem a devida reflexão.
E por que é tão difícil admitir isso?
Porque somos vaidosos. Porque temos pavor de perder o debate. Porque confundimos defender uma ideia com defender nosso ego.
E porque, sejamos francos, retroceder dói. Mexe com nosso orgulho. Nos coloca frente a frente com a falibilidade — e ninguém gosta de se ver pequeno.
Mas a grande verdade é que, sem retrocesso, não há avanço real. O progresso não é uma linha reta; é cheio de curvas, retornos, correções. Até mesmo os melhores planos precisam de ajustes. Nenhuma construção se ergue firme sem que antes se volte algumas vezes à base.
Então, quando eu vejo manchetes tratando cada decisão contrária ao script ideológico vigente como um “retrocesso”, eu paro. Respiro. E penso: será mesmo? Ou será que estamos apenas reassentando o terreno para construir melhor?
A arte de enganar está, hoje, muito mais na linguagem do que nos fatos. E o pior: muitos se deixam enganar não por inocência, mas por conveniência.
É mais fácil repetir o termo “regredir” do que admitir que talvez, só talvez, o outro lado tenha um ponto que merece ser ouvido.
É mais fácil colar rótulos do que abrir espaço para a dúvida.
E é mais fácil seguir no erro com convicção do que parar e dizer: ok, talvez eu tenha exagerado.
Que fique claro: não estou dizendo que tudo que é revisto é bom. Nem que todo retrocesso é positivo.
O que estou dizendo — e insisto — é que há uma diferença entre voltar atrás por lucidez e regredir por ignorância.
Uma diferença gritante, mas muitas vezes silenciada por discursos apressados, militâncias surdas e manchetes preguiçosas.
Se retroceder fosse sinônimo de fracasso, nenhum de nós teria aprendido a andar. Caímos incontáveis vezes antes de encontrar o equilíbrio. E isso não nos fez fracos — nos fez humanos.
Que a gente aprenda, então, a retroceder com elegância.
E, sem confundir humildade com derrota.
Por ora, é melhor deixar o Samsara seguir seu curso…
Gratidão;
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